Zagueiro de 27 anos, uma das lideranças do Norusca no Paulistão de 2017, volta a fazer partida oficial após cirurgias que o tiraram dos gramados por quase 2 anos; Ele superou ainda a frustração e pensamento de parar de jogar futebol
De 11 de março de 2017 pra cá, data da sua última partida oficial
pelo Noroeste, o zagueiro Vitor Gava passou por momentos de superação e
neste domingo ele volta a uma partida como titular. O jogador já estava
100% pronto e motivado desde a pré-temporada e ganha chance de voltar
começar uma partida diante do confronto decisivo contra o Monte Azul,
valendo a classificação no G4 do Paulistão Série A3 2019. A 15.ª e
última rodada será neste domingo, às 10h, no Estádio Alfredo de
Castilho.
“Depois de dois anos e alguns dias vou voltar a fazer uma
partida oficial. E eu estava esperando essa oportunidade nos últimos 14
jogos, sempre trabalhando ao lado dos meus companheiros de Noroeste no
dia a dia. É uma alegria e tanto. Vou fazer o meu melhor porque a
motivação está lá em cima. E as coisas vão acontecer naturalmente”,
disse o zagueiro noroestino, que foi uma das lideranças da equipe do
Paulistão de 2017. E sua lesão, na época, foi um dos fatores
determinantes na queda de rendimento do time daquele ano.
“A palavra
de ordem é felicidade. Retornar a fazer o que gosto, mostrar novamente o
meu futebol pra torcida, pra comissão técnica e para mim mesmo. E essa
oportunidade é muito importante. Vamos, juntos, em busca da vitória”,
ressalta Vitor Gava.
Zagueiro de 27 anos, 1,88m de altura, canhoto,
intenso na marcação, rápido e muito técnico, chegou ao Noroeste
contratado pelo então diretor de futebol Emerson Carvalho, em dezembro
de 2016. O atleta teve boa formação de base no Rio Claro, sua cidade
Natal, além de Figueirense e Ponte Preta. No profissional, jogou mais de
um ano e meio no FK Senica, da Eslováquia. Defendeu também o Rio Claro e
Red Bull na Série A2. Vitor Gava atuou ainda no Ivinhema, da primeira
divisão do Mato Grosso do Sul, antes de chegar ao Noroeste.
O cisto e o susto
Gava
deixou o time titular na 10.ª rodada do Paulistão de 2017, quando
machucou o menisco do joelho direito. Ele falou sobre a recuperação e o
“azar” de machucar em outras situações, quando estava recuperado para a
Copa Paulista daquele ano e na temporada 2018. “Depois da lesão contra o
Marília eu me recuperei rápido, cerca de um mês, mas como não avançamos
para a segunda fase, acabei não retornando naquele mesmo estadual.
Depois, na pré-temporada da Copa Paulista de 2017, surgiu um cisto na
parte posterior do meu joelho direito, que me deixou bastante preocupado
e precisei fazer aplicações de medicamentos e retirada do líquido que
se formou na perna. O motivo do cisto foi uma frouxidão do ligamento
cruzado do mesmo joelho direito, que precisei operar”, explica o atleta.
Vitor
Gava foi operado pelo conceituado cirurgião ortopédico Rene Abdalla, no
HCor, em São Paulo, que o deixou 100%. Depois deu continuidade com
equipe do mesmo médico em Rio Claro e no departamento médico do
Noroeste, em Bauru. A reabilitação foi de seis meses, que o tirou do
Paulistão 2018. Para a Copa Paulista seguinte, ele estaria novamente em
campo, mas fraturou o quinto metatarso do pé direito e ficou 40 dias com
pé imobilizado e fazendo fisioterapia.
Em todo este período, Vitor
Gava teve que superar não só a dor, mas a frustração de não poder fazer o
que mais gosta, que é jogar futebol. “Quando machuquei pela última vez
pensei que não daria mais, cogitei desistir e parar de jogar, mas o meu
sonho de ser vencedor é maior do que tudo. E eu tenho uma tatuagem que
diz: ‘tudo passa’, porque acredito que se você está num momento bom é
preciso aproveitar o tempo dele. E se a situação não é boa eu tenho fé
que irá ser superada.”, finaliza o defensor noroestino.Vitor Gava fará dupla de zaga com Jean Pierre ou Junior Campos, mas o técnico Betão Alcântara não divulgou quem será poupado.Fora do time estará mesmo o atacante Talles Brener, suspenso pelo terceiro cartão amarelo.